No silêncio e no vazio da minha casa, pus a refletir a angustia que me sufocava e me perturbava na minha rotina de trabalho, de aula, de compromisso , de prazer... E após algumas palavras digitadas compus um pequeno poema sem entender muito bem o seu significado. Salvei-o e esqueci-o como os demais poemas e devaneios guardados num arquivo qualquer do meu computador. Mas numa reunião pedagógica com um grupo diversificado, tudo parecia normal: monotonia, grupinhos, sorrisos, desconfiança, derrepente um educador, conhecido por seu bom humor, toma a palavra! E ressalta que todos educadores têm uma fé: a esperança por uma educação igualitária, comprometida, democrática. A palavra esperança ecoou no meu ouvido de uma forma inenarrável e me remeteu a este poema que havia composto algum tempo atrás.
A esperança é o que nos resta!
Esperança borbulha
Explode
Dentro de mim
e da minha boca
Saem
Lavas
Palavras
Questionamentos
Erupção
Que
Escorrem
Num
Terreno
Turvo
Opressor
Angustiado
Desiludido
Formando:
"Roxas"?
Duras?
Secas?
Não!
Mas
Aula
Poema
Flexível
Quente
Encharcado
De esperança
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